As crianças preenchem com ecrãs o vazio deixado pela falta de tempo, energia e disponibilidade mental dos pais.
Que estratégias e rotinas usam para afastar as vossas crianças dos telemóveis em particular, e de outros ecrãs (ex. consolas de jogos, televisão), genericamente?
O Ricardo Ribeiro trouxe o pensamento de hoje, na forma de um artigo interessante de Karl D. Stephan para a Mercator, sobre os perigos que os telemóveis representam para as crianças.
O artigo defende que os telemóveis de hoje são um triste e perigoso substituto às brincadeiras, tarefas e responsabilidades de outrora, que causam ansiedade, depressão e outros problemas psicológicos às crianças.
O comportamento da nossa filha Beatriz leva-me a acreditar que, hoje em dia, as crianças preenchem com ecrãs o vazio deixado pela falta de tempo, energia e disponibilidade mental dos pais.
Exceptuando momentos para relaxar e "carregar a bateria", que todos precisamos, eu não me recordo de ver a Beatriz trocar uma brincadeira ou uma actividade com os pais, (desde que interessante para ela) por um jogo ou vídeos no telemóvel.
Mas isso exige dos pais tempo, energia e disponibilidade mental que nem sempre abundam, para planear actividades com calma e antecipação, para reservar tempo na agenda, para conseguir gerir a energia ao longo do dia, e, curiosamente simples e eficaz, para incluí-la nos afazeres quotidianos de forma divertida.
Obviamente que as crianças não são todas iguais, têm personalidades e interesses diferentes, reagem a estímulos de forma diferente, até à medida que crescem. Mas vocês conhecem os vossos filhos e filhas.
Assim, gostava de saber que estratégias e rotinas é que vocês usam para afastar as vossas crianças dos telemóveis em particular, e de outros ecrãs (ex. consolas de jogos, televisão), genericamente?
Obrigado desde já.