Builder.ai (ex Engineer.ai): (A)final são (I)ndianos.
500 milhões de Euros em várias rondas de investimento privado, sem um "due diligence"?
A Builder.ai (ex Engineer.ai) é uma startup londrina apoiada pela Microsoft e pelo Fundo Soberano do Qatar, e avaliada em 1.3 mil milhões de Euros, cuja “rede neural revolucionária” afinal eram 700 engenheiros indianos.
A empresa afirmava que o seu serviço de IA “Natasha“, podia desenhar e programar aplicações “de forma autónoma e com velocidade sem precedentes”.
Mas “Natasha” era na realidade uma equipa de mais de 700 engenheiros a trabalhar remotamente na Índia, durante 8 anos, que se faziam passar por bots e realizavam a maior parte do trabalho contratado à plataforma.
A Builder.ai declarou falência esta Terça-feira, devido a uma retirada de 34 milhões de Euros por parte de um dos seus principais credores. Uma investigação da Bloomberg explica também uma troca de facturas inflacionadas com outra empresa para aumentar artificialmente os números de vendas entre 2021 e 2024.
Mais informação:
https://zap.aeiou.pt/startup-mil-milhoes-falencia-ia-engenheiros-indianos-682329
https://www.wsj.com/articles/ai-startup-boom-raises-questions-of-exaggerated-tech-savvy-11565775004
https://dev.to/ranaharoon3222/builderais-fall-a-cautionary-tale-for-startups-328f
E porque é que faço questão em guardar esta notícia no meu diário, e especificamente na secção “Investidor”?
Porque aguardo que alguém me explique como se conseguem cerca de 500 milhões de Euros em várias rondas de investimento privado, sem ninguém fazer um incontornável (pensava eu, até agora) due diligence.