Não posso continuar a chamar "clientes" a todos.
Merecem nomes diferentes. Estatutos diferentes. Acesso, prioridade, preço, crédito, enfim, condições diferentes.
Ambos me ligam a horas tardias, feriados, fins de semana. Pedem ajuda para apagar fogos que não incendiei. Bombeiro que sou, tento ajudar a todos da mesma maneira, preterindo família, saúde e, concluo, o melhor interesse da empresa.
Uns, regateiam preços, prazos e condições, esmiuçam a solução técnica, adjudicam migalhas e atrasam meses pagamentos para os quais deveriam ter criado cabimento, atempadamente, dificultando-nos o cumprimento de responsabilidades perante o fisco, funcionários e fornecedores. São os primeiros a queixarem-se, se (acham que) algo não está bem. Não se fidelizam, e mal sabem o nome dos técnicos que lhes dão suporte.
Outros, felizmente em muito maior número, não esmifram, aguardam pacientemente disponibilidade para a implementação de projectos significativos, pagam pontualmente, e até antecipam pagamentos se lhes dou a entender que preciso de ajuda esporádica para resolver constrangimentos de liquidez que os primeiros provocam. Escolhem a dedo os técnicos da sua confiança, travam amizade com eles, e recomendam-nos dentro e fora das suas organizações.
Não posso continuar a chamar "clientes" a ambos, merecem nomes diferentes. Estatutos diferentes. Acesso, prioridade, preço, crédito, enfim, condições diferentes.
Vamos trabalhar nisso neste 2º semestre.
O pensamento de hoje.